sábado, 5 de janeiro de 2013

A FUNÇÃO DOS BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NO DIA A DIA DA ESCOLA




Marcelino Pinheiro dos Santos
           
         As últimas décadas trazem grandes evidências da inserção, cada vez mais cedo, das crianças na vida escolar. Com isso, observa-se que as crianças deixam de conviver um tempo maior no ambiente familiar e passam a vivenciar relações mais complexas e dirigidas no contexto institucionalizado pela educação.
            Na verdade a inclusão das crianças na educação infantil marca o início do afastamento dos vínculos afetivos existente entre a criança e as pessoas que compõe a família a qual faz parte. A ausência da família na sala de aula faz surgir nas crianças comportamentos entre outros agressivos e de baixa autoestima FREIRE; SCAGLIA (2010).
            Com isso, é possível observa que a criança encontra-se diante de uma missão de alta complexidade: administrar a ausência dos primeiros pares, neste contexto sobressai os personagens constituintes da família, e desenvolver habilidades para estabelecer critérios de envolvimento nas relações díspares.
            Não obstante a isso, o olhar lançado, pela escola, sobre a criança solicita dessa o desenvolvimento das dimensões intelectuais, sensoriais, motoras, afetivas, morais e sociais. Para que haja o desenvolvimento das dimensões acima, a escola deverá promover a aprendizagem pelo processo que requer da criança a criação, a imitação, a oposição e a linguagem.
            Como veem, os objetivos da escola em torno da formação da criança estão bem definidos, mas, se a busca por esses objetivos enveredar caminhos, que para as crianças, sejam árduos consequentemente as experiências não serão agradáveis e poderá gerar sentimento de rejeição do aluno pela escola. Um ambiente de educação infantil que oferece às crianças situações de estrutura polarizada e conduzida pari passu a rigidez, diminui a possibilidade de despertar no aluno a perspicácia inerente à percepção dos elementos fundamentais do processo de formação da identidade, vocação, afetividade e acaba comprometendo a naturalidade da criança pela obrigação de cumprir tarefa. Nesse contexto, a presença do professor como incentivador e mediador das ações e situações problemas se faz necessário. Contudo, o papel do professor na educação infantil deve ir além daquele cuja função se constitui pela promoção das situações de aprendizagem. Ele deve promover situações de aprendizagem embutida de ludicidade para tanto, se faz necessário à presença de brinquedos, jogos e brincadeiras como prática rotineira.
Sendo assim, a escola precisa apreender o brinquedo e a brincadeira como um dos recursos de aprendizagem e desenvolvimento do aluno, logo, parte integrante do currículo de educação infantil. Pela brincadeira o menino imita. A imitação constitui parte do processo de desenvolvimento que se dá através da reconstrução interna, dessa forma, pela imitação, a criança observa aprende e expressa seus desejos, é capaz de identificar-se com o indivíduo observado e de sentir-se aceito. Pelo brincar as crianças começam a engendrar a diferenciação de papéis, é pelo faz de conta que elas iniciam a ação fundamentada na imagem de outra pessoa. Pela linguagem as crianças construirão subsídios para o processo de negação/oposição que por sua vez dará início a formação da identidade RCNEI, (1998).
Ainda, pelos brinquedos e brincadeiras a escola pode estimular o reconhecimento de direitos e deveres; a formação consciente sobre as diversidades assim como o sentimento de reconhecimento e respeito de si, do outro dos bens materiais e imateriais que cercam os indivíduos.
        


REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO.



BRASIL, Ministério da Educação e Desporto/Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. V. 1; Brasília: MEC/SEF, 1998.


 FREIRE, João Batista; SCAGLIA, Alcides José. Educação como prática corporal. São Paulo: Spicione, 2010.

sábado, 12 de novembro de 2011

II Mostra Literária

“Ler é essencial. Através da leitura, testamos os nossos próprios valores e experiências com as dos outros. No final de cada livro ficamos enriquecidos com novas experiências, novas ideias, novas pessoas. Eventualmente, ficaremos a conhecer melhor o mundo e um pouco melhor de nós próprios”
(Raul Brandão)